7.3.15

Deixa, deixa ir


Pode deixar que na fila da padaria a gente vai se (re)conhecer... No sinal fechado, transito parado, nas coincidências da vida... Entre olhares, sorrisos... No balcão de pagar a conta do bar você vai ser educado e vai perguntar se a fila termina depois de mim... Eu sei que eu vou duvidar um milhão de vezes, vou achar que é só mais um desconhecido com o sorriso bonito... 

É que certos momentos da vida a gente passa a querer algo que continue... E não que apenas comece.

Que faça bem, que seja paz, calma, tranquilidade... Chuva escorrendo na janela, cheiro de café preto feito na hora... Vai ser poesia, prosa, rima.. Fernando Pessoa, Chico Buarque, Clarice Lispector... Te deitar no meu colo e te cuidar... Rede da varanda, filme na madrugada, pote de sorvete e apenas uma colher... Vento soprando nos cabelos, deixando tua mão gelada, abraços quentes e aconchegantes. No frio as moléculas se juntam, se abraçam, se aquecem uma a outra... Eu coloquei minhas meias hoje, tô aqui, rodeada de travesseiros e livros... Ouvindo uma música calma pra dormir e pensando na vida... Nos sussurros, nas caricias no cabelo... Por que isso tá virando rotina; me questionar... Mas é que eu ouvi que quando se quer muito... O Universo traz pra você. 

Posso continuar? Querendo?

Eu quero sabe, eu quero... Quero uma infinidade de coisas... Sempre tive minha listinha de desejos universais, com uma ordem de prioridades dançantes que volta e meia mudam de colocação...


E agora eu quero você...

Amanhã... Sei lá, vou querer um café quente, uma viagem pra um país esquisito, um filme bonito, um livro novo pra ler...

(Mas venha logo, eu tô com pressa pro amanhã chegar.)

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