Recomendo ler esse texto ao som de:
2016 não foi um dos melhores anos, isso é fato!
Para mim, foi um dos anos que eu mais entrei em conflito, tanto com o mundo, quanto comigo mesma. Foi um ano que de descobertas. E eu me descobri, ah como me descobri. Por incrível que pareça, eu comecei o ano com o pé direito. Tinha um relacionamento estável, um emprego que pagava todas as minhas contas e me fornecia uma base boa para viver. Mas será que aquilo tudo era o certo pra mim?
E o tempo se encarregou de dizer que não. Vi o meu namoro de anos se desfazendo e fugindo pelos meus dedos. Lamentei, fiquei mal por alguns dias e depois tratei de me recompor e seguir sozinha. E cara, foi a melhor forma de perceber o quanto eu sou independente e que viver na sombra dos outros não é a minha praia.
Construí amizades ao longo do caminho que quero levar pra vida, percebi que sair da zona de conforto é o certo e que você tem uma faculdade todinha pra interagir. Pois é, tem pessoas maravilhosas esperando o seu olá ali, no bloco do lado do seu. Levei muitos tombos no meio do caminho, abri os olhos e percebi que eu sou minúscula perto dessa vastidão a nossa volta, e que tenho muito a aprender. Isso aqui não é nem o começo.
Sai do meu emprego. Da confortabilidade que ele me trouxe ao longo do ano. Mais uma vez coloquei a pontinha pra fora da zona de conforto e percebi o quanto é gostoso a brisa de estar se libertando pra algo maior. Algo que ainda estou descobrindo. Se tem uma palavra para resumir esse ano é aprendizado. Aprendi a ser mais tolerante, aprendi a correr atrás do que é meu. Aprendi a defender o que eu acho justo.
Aprendi que nem sempre desistir é errado, que dar uns passos para trás significa pegar impulso. Que sair da inércia pra correr atrás dos seus sonhos é a melhor coisa do mundo.
Talvez ao olhar de algumas pessoas eu esteja terminando o ano sem nada, mas eu só consigo ver o começo de um longo caminho me aguardando e que estou ansiosa pra segurar com todas as minhas forças. E voar.
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