9.12.11

O que me faz escrever


Quando vejo-me frente a frente com uma folha em branco, eu penso muito com o que preencher ela. Penso em escrever sobre momentos felizes, mas estes eu nunca consigo descrever. É incrível, mas momentos assim eu vivo com tanta intensidade que acabo não conseguindo traduzir em palavras.

O que me resta escrever é sobre meus sentimentos, dentre eles os meus medos que gritam dentro de mim. As minhas agonias que horas e horas se revoltam, as minhas tristezas que estão sempre a soluçar. Meus arrependimentos que por vez não me deixam sozinhos, minhas indecisões que não sabem viver sem mim e meu amor que sempre parece ser o mais intenso.

As palavras me encantam e sempre fizeram parte da minha vida, sempre me senti melhor com elas, muitas vezes preferencialmente a sós. Elas sabem exatamente os momentos certos que precisam ir ao ar, sabem que sua presença me fazem um bem enorme, mesmo que muitas vezes elas sejam assim, apenas um desabafo.

Quando comecei a escrever, nunca imaginei que um dia teria tantas histórias, tantas palavras para chamar de minhas, para registrar com meu nome e ser conhecida por quem nem ao menos me conhece.

Minhas palavras são o meu orgulho e eu nunca as apago, o que escrevi ficou arquivado em um lugar que não tem como modificar, apagar ou esquecer.

Enfim, sempre escrevo para amenizar uma cicatriz, para secar uma lágrima, para esquecer uma mágoa, para acariciar um amor e para tirar do meu coração tudo aquilo que ele não suporta mais carregar.

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