31.7.15

Bateu saudade


E hoje ela sentiu saudade de ter alguém ao seu lado pra chamar de seu, ela saiu e vi todo mundo de casal e sentiu aquela dorzinha no peito por não ter ninguém, mas ao mesmo tempo ela se sentiu feliz, por sair sem dar satisfação, por não precisar fumar escondida, por curtir a noite com os amigos como a tempos não curtia. 

Em um momento de fraqueza e com lagrimas nos olhos ela perguntou ao seus amigos: "Eu sou tão chata assim pra estar sozinha? E a resposta? -Não Nessinha, você ta sozinha porque você quer, afinal você é a mulher maravilha, se olha no espelho e veja você é linda, inteligente e legal, qualquer cara iria querer estar com você!"

Hoje é mais uma sexta-feira em que vai dormir em sua cama vazia sem ter alguém ao seu lado para dormir abraço com ela, mas vendo por outro lado e mais uma sexta-feira em que ela pode se arrumar e partir pra noite, afinal ela nasceu pra arrasar na noite, ela nasceu de madrugada e na madrugada e cria seus melhores momentos. 

Ao mesmo tempo que ela curte ser sozinha ela sente aquela saudade de ser amada, de ter atenção, de receber carinho e até mesmo de ser surpreendida de madrugado com uma mensagem fofa e carinhosa. 

Ela revê fotos, videos e lhe vem a mente varias lembranças e então sozinha na madrugada no escuro do seu quarto ouvindo música ela chora de saudade, enquanto escreve algumas palavras que lhe passa pela mente.

Ela queria ter alguém ao seu lado, mas não queria perder sua boa liberdade, ela quer um amor, ou melhor ela quer um velha amor, e por ele até abriria mão da sua vida noturna, mas no momento nada pra ela parece ser fácil! 

As vezes ela só queria saber como viver sem ter coração, mas ela não sabe, ela ama, ela chora, ela sorri ela fica feliz, mesmo quando tudo parece perdido ela ainda mantém uma chama viva dentro do seu peito carregado de esperança, ela é menina mulher.

Ela em um determinado momento acabou sendo deixada pra traz, sozinha e com o coração partido ela virou as costa e saiu andando enquanto lagrimas escorra pelo rosto, hoje ela vaga pela noite em busca da felicidade, mas ela sabe que sua felicidade está em único lugar um pouco difícil de ser alcançado novamente, mas ela não desiste. 

29.7.15

Pisa otário, mas toma cuidado!


Hey você otário ai, ta gostando de pisar nela né? Mas eu te digo toma cuidado, porque ela pode cansar de ser pisada, hoje ela suporta muita coisa calada e até se submete a coisas absurdas só por te amar muito, mas uma hora ela pode cansar! 

Ela mudou coisas que jamais mudaria por nada nesse mundo só por você, ela para o dia dela por você, ela desmarca todos os compromissos dela só pra poder te ver nem que seja por dez minutos, ela larga a vida dela pra viver a sua, ela abre mão de tudo e de todos por vocês, ela daria a vida dela pela sua, ela simplesmente está ali sempre disponível pra você a hora que você quer e quando você quer, ela faz tudo pra te ajudar, e faz tudo oque você pede à ela, ela faz tudo mesmo sem você merecer só pra te ver sorrir e você oque faz? Usa ela e depois pisa. 

Ela saiu, fumou quatro cigarros, jogou o cabelo ao vento enquanto se balançava em uma praça qualquer e deixou as lagrimas rolarem enquanto se perguntava o porque não consegue te apagar da vida dela?.

Ela cansou de ouvir as pessoas a chamarem de otária por te dar tanta moral, e no fundo ela até sabe que é mesmo, no fundo ela sabe que deveria mandar você sumir da vida dela, mas ela não consegue porque você é tudo oque ela mais quer, então a ela prefere ser pisada do que ficar sem você do lado dela, nem que seja pra ela fazer papel de otária! 

Ela cai na noite, e tenta te esquecer, de copo em copo ela vai te apagando da mente dela, mas infelizmente ela não consegue te esquecer de vez, ela é do tipo que já saiu correndo no meio da balada e chorou sozinha quando ouviu uma musica que te lembrava, largou os amigos sozinhos, e voltou vinte minutos de rosto lavado como se nada tivesse acontecido! 

Ela se solta no noite pois ela sabe que ali tem vários que faria de tudo pra ter sua companhia por uma noite, ela arrasa na noite e depois volta pra casa com peso na consciência por ter bebido e por talvez ter ficado com alguém na esperança de te arrancar da mente dela. Ela idealiza você em qualquer um aprece em sua frente, mas basta olhar ao fundo pra ela ver que nenhum deles tem nem 1% de você neles! 

Ela fuma e se perde no meio da sua própria fumaça, ela bebe e sorri por nada e até mesmo se droga pra curtir uma brisa e esquecer tudo oque hoje a magoa nem que seja por um curto espaço de tempo,  ela queria sair e ver o mundo colorido de novo, mas ela perdeu o brilho e não consegue reencontra-lo. 

Hey otário um dia ela te disse: "O amor verdadeiro não morre ele apenas se transforma" e cuidado pro dela não se transforma em odeio! E quando esse dia chegar e alguém falar do seu nome perto dela ela vai olhar com desprezo e encher o peito pra dizer: "Foi só mais um que passou pela minha vida, levou uma parte boa de mim e se foi sem nem almenos me fazer falta hoje em dia."

Aproveita porque hoje ela ainda se importa, ela ainda corre atrás, ela ainda para o mundo dela por você, porque pode ser que amanha ela encontre alguém que não vai pisar nela, alguém que a de toda atenção do mundo, que faça tudo por um sorriso dela e que pare o mundo dele só pra estar ao lado dela, e ela pode simplesmente te apagar de uma vez de sua vida.

Hoje ela até pensou em começar a jogar tudo oque te lembra fora, queimar cada foto, jogar todos presente fora, jogar tudo o que é seu no meio da rua, apagar cada lembranças, mas ela não conseguiu, pois ela é do tipo que espera a noite aparecer pra deixar as lagrimas rolarem sem que ninguém veja sua tristeza, e quando o dia nasce ela está lá com o sorriso estampado em sua cara, como se ela não tivesse passado sua noite em claro chorando por alguém que esta pouco se fudendo pra ela, por alguém que hoje só sabe maguala.

Hey otário, cuidado ela te ama, mas ela pode estar não aguentando mais e quando ela cansar, vai ser pra sempre! 

22.7.15

Sinto saudades. Se cuida.


“Tô morrendo de saudades”, escrevi. Ri de mim mesma e do meu aparente desespero, então apaguei e escrevi apenas “Saudades”. Não satisfeita, escrevi “Sinto saudades. Se cuida” e enviei. Enfiei a cabeça debaixo das cobertas, com vergonha de mim mesma e da minha fraqueza – que diabos eu tenho que dizer que estou com saudades quando ele nem ao menos se dá o trabalho de verificar se ainda estou viva?
A verdade é que aquele simbólico “sinto saudades” estava carregado de significados. Ele compreenderia que eu sinto saudades, mas na verdade aquela sentença de poucas palavras estava gritando, ecoando dentro de mim. Eu, na verdade, queria dizer que estava morrendo por dentro a cada frase seca que ele proferia. Queria dizer que esses dias chuvosos me lembram nossas noites debaixo do edredom. Queria dizer que sinto uma falta absurda do cheiro dele – da nuca às costas; de dentro para fora – e que minha maior segurança era repousar a cabeça cansada e cheia de questionamentos no seu peito e ser envolvida pelos seus braços compridos. Queria dizer que o seu sorriso bobo e seu jeito inocente não saem da minha cabeça. Queria dizer que nos meus sonhos mais lascivos e nos mais pueris ele estava presente.
Na verdade, somos muito fracos quando se trata de amor. Vemos por aí mil e um conselhos para seguir em frente, mas parece que temos gosto pelo sofrimento e pelas lembranças. É como se, mantendo uma pequena chama acesa dentro da gente, tudo o que vivemos vai se fazer presente novamente e nos dar uma falsa sensação de conforto e felicidade. Parece que estamos sempre na expectativa de um futuro que é incerto. Queremos nos iludir com lembranças quando o outro já seguiu o seu caminho e vai muito bem, obrigada. Sim, ele está feliz sem a minha presença. Não chora todas as noites agarrado ao travesseiro nem escuta à exaustão as nossas músicas. Ele está bem, e está sem mim. Nessas horas que percebo como eu sou egoísta, como somos egoístas, afinal, quem ama de verdade quer ver o outro feliz. Ele também quer me ver feliz – mas isso não vai acontecer ao lado dele. O amor é generoso. Cabe a mim, aceitar.
O “Sinto saudades” que mandei transcendia o óbvio. Sentimos saudades o tempo todo, de diversas maneiras. A mais comum delas é a saudade branda, um vazio quietinho – mas que não nos impede de sermos felizes. Entretanto, o “sinto saudades” que enviei carregava um ano inteirinho de histórias, risadas, lágrimas, descobertas e ensinamentos. Carregava o meu coração doente, o meu semblante cansado, a minha desesperança. Era um “sinto saudades” desesperado, do tipo “pelo amor de Deus, diz que ama, diz que tá sofrendo, que não vive sem mim.” Recebi um “eu também” de volta. Um “eu também” cheio de conveniência e cordialidade. E o que eu menos precisava agora é de cordialidade. Preciso de reciprocidade, mas nunca temos tudo aquilo que achamos que precisamos. Por isso não tenho mais a presença dele – porque, na verdade, o que eu realmente preciso é de tempo. O tempo, clichê dos clichês, cura quase tudo nessa vida. E eu definitivamente preciso ser curada. 
O que não é dado livremente não vale a pena ter. Não adianta gastar lágrimas tentando entender o que houve de errado. Nada deu errado. Deu tudo certo enquanto era para dar. Ele está lá, feliz. Monossilábico e feliz. Sem mim e feliz. Nesse abismo que separa o “sinto saudades” do “eu também”, há toda uma história que não cabe mais na vida de nenhum dos dois – e quando não tem mais para onde crescer, se divide, e ambos seguem sozinhos novamente. E eu vou seguindo – certa de que aquele “sinto saudades” foi o último grito do meu peito cansado.

14.7.15

Pela metade


A gente fica aqui esperando que alguém bata na porta, diga alô no outro lado da linha, esbarre nas nossas decepções, peça desculpas e prometa que não vai mais embora. A gente que é carente quer tudo pra ontem. Vamos pra casa com gosto de esperança e apostamos em cada novidade. Nossa natureza não se entende muito bem com incertezas. Somos inimigos das metades, repudiamos joguinhos e, se for para vivermos ao lado de alguém que pula de galho em galho, ficamos com um macaco, não com um cachorro. Estamos sempre com um olho aberto e o outro fechado, porque pode ser que o encontremos na esquina da padaria, na fila do supermercado, em um café no aeroporto, no carrinho de hot dog em frente à faculdade. A carente tem costume de enxergar interesse onde não tem. Temos a mania levar a intensidade no bolso e, desde a adolescência, nossa maior batalha é querer tê-la de maneira recíproca.

Às vezes eu acho que a vida está de sacanagem comigo, não é possível! É muito chato ter que ficar vivendo as coisas pela metade. Muitas vezes a vontade é de simplesmente não ter chance alguma, por que chegar tão longe e despencar lá de cima é doloroso demais. Eu ando vivendo de metades, já são incontáveis vezes que conheci pessoas pela metade. Entro na vida delas pela metade, roubo só metade do seu carisma. As pessoas estão se doando pela metade, contando histórias pela metade, se entregando à vida pela metade. Eu inclusive acho que peguei essa doença e ando saindo de casa pela metade, ao ponto de viver pra sair e matar a carência nem que seja em um bar ou em uma balada bebendo todas, pra esquecer um pouco aquela solidão, pois no meio da multidão sempre tem alguém que ira parar a noite e te da aquela atenção, fico com a cabeça lá nas nuvens, lembrando de um tempo onde eu chegava num bar ou balada e saia de lá com no mínimo cinco novos amigos, saudades dessa época.

Carência é sinônimo de precisar ser cuidado e antônimo de ausência de amor próprio. Uma sede pelo amor clichê e uma fome por um domingo longe da voz do Faustão. Podemos ficar dias sentadas no portal de casa esperando alguém chegar de charrete, bicicleta ou até mesmo vir de fusca só para ouvirmos chamando nosso nome com vontade, nos amando no meio do temporal, dando gargalhadas com os olhos e não soltando nossa mão nem para coçar o rosto. No fundo do baú das mágoas, cada novidade é uma visita que esperamos que venha pra passar a noite e, no dia seguinte, tenha Alzheimer do endereço de onde mora. Um sentimento que motiva um chimarrão com narguilé a se transformar numa amizade, um lance a dar certo, pegadas mais fortes a virarem namoro. Namore com uma carente. Nós não somos muito boas em contas, porém sabemos que a fórmula da felicidade é 1+1=2 e não 1+1=3.