8.6.13

Um conto: Elizabeth.


Esse conto é inspirado na musica chamada "Kim" do rapper Eminem, onde ele assassina a sua esposa.
“Como você pôde? Me largar e amar outro. Oh, o que houve Kim? Eu tô falando muito alto? Que pena vagabunda, você vai me ouvir finalmente. No começo, eu dizia você quer me mandar embora de casa? Está bem! Mas não pra outro ocupar meu lugar, você tá louca? Esse sofá, essa TV, essa casa inteira é minha! Como você pôde deixar ele dormir na nossa cama? Olhe Kim”
Eminem - NegritoKim.


“Renata, eu te amo, quero passar o resto da minha vida contigo, a razão do meu viver, a eternidade é apenas um piscar de olhos na sua presença. Te amo, te amo, te amo e te amo pra todo o sempre”
- Votos de casamento de Eduardo Norman Bates
Eduardo e Renata se conheceram em uma tarde de primavera em um parque perto da casa dela, Renata estava fazendo uma corrida quando torceu o pé:
- Ai! Ai!
- O que foi eu posso ajudar? – indagou Eduardo sorrindo.
Renata sempre diz que foi amor à primeira vista, ela tinha 25 anos e ele 30, nos primeiros anos eles pareciam um casal perfeito, apaixonado e feliz, mas no decorrer do tempo Eduardo ficou cada vez mais ciumento e violento, no começo Renata não se incomodava, de casal perfeito se tornaram um casal doentio, as brigas por causa do ciúme de Eduardo ficaram insustentáveis, o casal estava a um passo de se separar. Renata tinha um grande segredo que não contará ao seu marido, ela era infértil e estava fazendo um tratamento de fertilidade escondido, pois Eduardo não iria aceitar que ela era seca, o seu maior desejo era ser pai.
Em um final de tarde Eduardo volta pra casa um pouco mais do que de costume, Renata estava tomando banho quando o seu celular toca, ela não escuta e Eduardo lê a mensagem que ela havia recebido:
“Me encontre no mesmo local de sempre, mas cuidado pro seu marido não descobrir”
Eduardo enlouqueceu com o que havia lido, aquelas palavras foram como se mil martelos batessem na sua cabeça ao mesmo tempo, Renata sai do chuveiro e se veste quando entra na sala é recebida com um soco na cara, ela desmaia na hora.
Já era quase de madrugada quando ela acorda dentro do porta-malas do carro, ela tenta abrir com socos e pontapés em vão. Uma fraca e doce brisa varia a sujeira da rua, Eduardo dirigia o carro em alta velocidade não se importando com a sua mulher no porta-malas. Eduardo para o carro em um parque totalmente cercado por árvores, longe e isolado com uma espessa mata fechada, ele desce do carro e arranca Renata do porta-malas pelo cabelo a atirando no chão.


Renata: – O que você está fazendo querido?
Eduardo: – Calada vagabunda, apenas escute o seu marido.
Renata: – Me solta!
Eduardo: – Olhe pra mim agora! Porque você foi faze isso comigo? – Eduardo arrasta Renata pelos cabelos até o meio da mata fechada e com um machado na mão.
Renata: – Solta isso querido, pelo amor de deus!
Eduardo: – Isso é pra gente fazer uma fogueira pra nos esquenta, aliás, me esquenta, já que tu vai ser a lenha.
Renata: – NÃO! SOCORRO!
Eduardo: – Calma meu amor, eu só estou fazendo isso porque te amo, te amo muito, mas tu tem que ser castigada por ser uma vagabunda.
Renata: – Eu também te amo querido, agora me deixe ir.
Eduardo: – Não! Eu já disse que tu vai ser castigada, e para de chorar, eu sempre odiei isso!
Renata: – Eu tenho uma coisa muito importante pra te dizer... – Eduardo cala a boca dela com chute.
Eduardo: – Se lembra da festa de aniversário do seu amado amigo Matheus, vocês ficaram se olhando a festa toda, se desejando com os olhos, se lembra Renata?
Renata: – Não foi bem assim.
Eduardo: – Se Lembra Renata?
Renata: – Calma.
Eduardo: – Se lembra Renata?
Renata: – Sim!!!
Eduardo: – E vocês sumiram durante uma hora, fiquei parecendo um pateta na frente daquela gente que eu detestava.
Renata: – Eu explico.
Eduardo: – Eu sei o que vocês estavam fazendo, como você pode fazer isso comigo, eu te odeio sua vagabunda. – Eduardo chuta Renata várias vezes no chão.
Renata: – Para! Pelo amor de Deus! Lembra quando a gente tirava fotos do pôr-do-sol e você dizia que me amaria pra sempre!
Eduardo: – Mas quem disse que eu não te amo?
Renata: – Vamos embora daqui então
Eduardo: – Nós vamos voltar, só que tu vai voltar em vários pedaços.
Eduardo solta uma risada descontrolada parecia que iria enfartar vendo uma oportunidade Renata se levanta e corre mata adentro, Eduardo calmamente pego o machado e caminha atrás dela.
Eduardo: – Relaxa meu amor, eu só quero que tu converses com meu amigo aqui, ele não tem conversa fiada.


Renata corre na escuridão, o breu era tamanho que ela se choca de frente em uma árvore, foi o que Eduardo precisava pra achá-la, ele acerta uma machadada no ombro dela, mesmo com muita dor ela tenta correr, mas ele a puxa pelos cabelos e a atira contra a árvore, ela bate a cabeça e fica tonta repetindo várias vezes um nome:
Renata: – Elizabeth! Elizabeth! Elizabeth!
Eduardo soca várias vezes o rosto dela até ela desmaiar, pega o machado e decepa a cabeça de Renata com um só golpe, ele faz o mesmo com o resto dos membros do seu corpo até Renata ficar em pedaços, volta pro carro e pega gasolina e fósforos, queima Renata ali mesmo e observa ela virar carvão, mas antes de ir embora ele nota um pedaço de papel, era um exame de Renata, um teste de gravidez positivo com um recado escrito a caneta:
“Parabéns, o tratamento de fertilização deu certo, agora faltam 8 meses pra pequena Elizabeth nascer.”


Moral do conto: As vezes devemos ouvir o outro, mesmo estando com muita raiva, pois agir de cabeça quente pode te levar á caminhos sem volta!




Um conto: O novo coração.


Ana se lembrava bem. Como em todos os outros dias, ela se levantou, entrou embaixo do chuveiro, lavou seus cabelos, colocou uma roupa, comeu algo e foi pra escola. Quando chegou em casa, abriu seu MSN. Um convite novo. 'Aceite', pensou ela. Foi por sua intuição, sempre ia. Era um garoto, chamado Bruno.

Os dois começaram a conversar. Com o tempo descobriram que gostavam das mesmas bandas, das mesmas comidas, do mesmo tudo. Tinha quase tudo em comum, exceto uma coisa: a cidade. O garoto morava em Londres. A garota, em Bolton, uma pequena cidade ao sul da Inglaterra. Eles começaram a conversar mais e mais. Cada dia mais, cada vez mais. A mãe de Ana achou que estava viciada em internet, o que realmente estava. Ela estava certa, Ana não podia contrariá-la. A garota era apenas muito preocupada com seu futuro, não deixava de fazer lições de casa para entrar no computador. Mas assim que acabava, ligava logo o aparelho. Era também o caso de Bruno.

O garoto sempre que chegava da escola deixava o computador ligado, com o Messenger aberto. Desligava a tela do computador, e fazia a lição. Sempre tinha pouca, então ficava esperando Ana, até 6 da tarde, que era quando a garota entrava, mais ou menos.

Os dois começaram a conversar aos 17 anos, e foi assim. No começo dos 18 anos, aconteceu a coisa mais esperada pras amigas de Ana (sim, porque as amigas sabiam de tudo, e esperavam há cerca de 9 meses algo acontecer): Bruno a pediu em namoro.

E foi assim, se conheceram por um computador, namoravam por um computador. O que os dois tinham era maravilhoso. Uma coisa que as amigas de Ana jamais haviam experimentado, ou ouvido falar. Nem mesmo na ‘vida real’.
Eles confiavam um no outro mais que qualquer casal que todas as amigas de Ana já tinham visto, ou ouvido falar. Isso requer, realmente, muita confiança. E eles se amavam. Quando as amigas de Ana passavam o dia na casa da garota, elas viam a conversa. Elas conseguiam sentir o amor.

Eles estavam completa e irrevogavelmente apaixonados. Não havia nada que mudaria aquilo. O tempo passou, os dois ficavam mais apaixonados a cada dia (o que ia totalmente contra as idéias de Marcela, amiga de Ana. A garota pensava que a cada dia que se passasse, a tendência era o amor se esvair. Eles provaram que estava errada). Todo dia de manhã, na hora da aula dos dois, Bruno ligava para a garota. A acordava, para começarem o dia com a voz um do outro. Um dia o garoto apareceu com a boa notícia: ele conseguiria ir para Bolton.
Passaria um dia lá, pois viajaria.

Eles se encontraram à noite, em frente à ex-escola de Ana. Ela conversou com o garoto. Ana não quis beijá-lo.

- Vou ficar dependente de você. Sei que você é uma droga pra mim, é viciante. Então se eu te beijar hoje, não vou conseguir ficar mais um minuto longe de você. A gente vai se reencontrar. E ai, vamos ficar juntos pra sempre. Ela disse e o abraçou. Com mais força do que já abraçou outra pessoa. E o garoto se contentou em encostá-la. Ele sabia que o que Ana estava falando era verdade. Eles IRIAM se encontrar. E IRIAM passar o resto da vida juntos. Ele tinha certeza que ela era o amor da vida dele. Bom, agora a ‘maldita inclusão digital’ se transformou na melhor maldita inclusão digital.

O tempo passou rápido quando eles estavam juntos. Se divertiram muito, e Bruno gostou da simpática cidade da sua namorada. Ele foi embora no dia seguinte, cedo demais para conseguirem se despedir.

O tempo passou, e o amor dos dois só ia aumentando. Passaram-se 6 meses desde que Ana tinha conhecido seu namorado pessoalmente, e Marcela ainda não entendia por que eles não tinham se beijado.

- Any, você já parou pra pensar que pode ter sido uma chance única?! Você foi idiota, você sabe disso, né? – A garota dizia, sempre culpando Ana.

Mas ela sabia o que era melhor pra ela. Já tinha cansado de explicar para Marcela. Não explicaria mais uma vez. Haviam 9 meses que os dois namoravam, e um ano que se conheciam.

Eles se amavam muito, mais que qualquer pessoa que as amigas e amigos do casal já tinha visto. Um dia, Bruno apareceu com a notícia: ele conseguiu uma bolsa em uma faculdade em Bolton, e se mudaria para a cidade tão desejada.

Ana se chocou com isso. Por semanas se perguntou se sacrificaria o tanto que o garoto iria sacrificar por ele. Mas ela não era a maior fã de pensamento. Isso a fez mal.

- Any, deixa de ser besta. Você o ama, até eu posso perceber isso! E você sabe, eu não sou a pessoa mais esperta do mundo. – Marcela disse, encorajando a amiga.

- Eu sei, Marcela, mas... Ele tá desistindo da vida toda dele em LONDRES pra vir pra BOLTON! Por mim! – Ana disse – E pela bolsa que ele ganhou na faculdade, mas é mais por mim, ele me disse.

- Ana, presta atenção. – Ana olhou pra amiga. – Você não sabe quantas meninas invejam você. Não sabem mesmo. Eu, por exemplo, te invejo demais. Daria qualquer coisa pra ter um namorado como o seu. Vocês confiam tanto um no outro, e se amam tanto. Eu tenho até nojo de ficar no quarto com você quando você ta conversando com ele. É um amor que se espalha no ar, que nossa senhora! Eu consigo sentir os coraçõezinhos explodindo pelo quarto. Ai fica tudo rosa, e você fica com uma cara de sonho realizado pro computador! Any, pára de subestimar o que você tem. Deixa de ser idiota.

- Você é um amor, sabia? Marcela, não sei. Não dá. Eu não desistiria de tanto por ele, e eu acho injusto ele desistir de tanto por mim.

Marcela bufou. Porque a amiga tinha que ser tão burra?

Meses se passaram, o tempo passava rápido. Ana não terminaria o namoro por messenger, frio demais. Ela esperaria o namorado chegar.

A garota tentava adiar o máximo possível, por mais que quisesse ver o garoto de novo. Ele tinha um cabelo lindo, e olhos mais ainda. Ana conseguiria ser invejada por todas as garotas da cidade se fosse vista com ele. Mas ela não queria inveja. Queria seguir o seu coração.

Quanto mais Ana queria adiar a situação, mais as horas corriam, e com elas os dias, as semanas, as quinzenas, os meses. O ano.

Chegou o dia; Ana esperou o seu futuro-ex-namorado onde se encontraram meses atrás.

Ela negou o beijo mais uma vez. O namorado ficou sem entender, mas aceitou.

- Olha, eu tenho que conversar com você.

- Diga. – Bruno sorriu.

- Quando você me disse ‘Vou me mudar pra Bolton’, eu fiquei feliz. Mais feliz que já fiquei há muito tempo. Mas depois eu comecei a pensar se faria o que você ta fazendo por mim. Você desistiu de toda sua vida em Londres, Bruno.

- Eu sei. Pelo melhor motivo na face da Terra.

- Não, não é. Eu sinto que eu não to sendo justa com você. E sem ser justa com você, eu não sou justa comigo.
Eu não sei se eu faria o que você fez. Eu acho que não. Eu sou egoísta demais, eu não sei. Não quero mais ser injusta com ninguém, não quero dormir pensando isso. Há meses eu penso nisso, e fico com peso na consciência. E, de verdade, eu não sei se seu amor é o suficiente pra mim. – A garota disse e virou as costas.

Foi andando para a sua casa. E ao contrario de momentos tristes, não estava chovendo. O céu estava azul, o sol brilhava, como raramente acontecia em Bolton. Mas o que estava dentro de Bruno (e de Ana) não era assim tão brilhante.

Para Ana chegar em casa, tinha de passar pela frente da casa de Marcela – era esse o motivo de um sempre estar na casa da outra; elas moravam lado a lado. A garota passou correndo, chorando, enquanto Marcela estava na janela. Marcela saiu correndo de casa – ignorando completamente o estado critico em que se encontrava: blusa dos ursinhos carinhosos, cabelo preso em um rabo-de-cavalo mal ajeitado, short curto de florzinhas e pantufas do tigrão – indo logo para a casa da amiga. Ela bateu a campainha, e a mãe da amiga atendeu. Disse que podia subir as escadas, Ana estava em seu quarto.

Marcela subiu correndo, tropeçou, quase caiu 3 vezes – ‘Malditas escadas enormes’, pensava – mas chegou ao quarto em segurança (lê-se sem sangue escorrendo pela cara).


- Any! O que foi, amor? – A garota encontrou a amiga deitada, chorando em sua cama.

- O Bruno! – Ana não conseguia falar direito. Por essa mini-frase Marcela tinha entendido. Não tinha mais Ana e Bruno pra sempre e sempre e sempre e sempre. Agora era Ana.

A garota aprendeu a viver com a dor. Passaram-se 5 anos, Bruno estava formado em direito, era um advogado de sucesso, ainda morando em Bolton – nunca largaria a cidade que abrigava seu, ainda, maior amor. Ana era uma fotógrafa de sucesso, ganhava a vida fotografando famosos de todo mundo – mas não saíra de Bolton também, amava a cidade com todas e cada fibra de seu ser.

Bruno era melhor amigo de Ana, Ana era melhor amiga de Bruno. Ana tinha um noivo, um executivo de sucesso, que vivia de Londres pra Bolton, de Bolton pra Londres. Já Bruno sabia: por mais que tentasse achar alguém igual à Ana, não conseguiria. Só ela seria o amor da sua vida, que ele amava excepcionalmente. Nunca iria mudar.

Ana iria passar algum tempo fora da cidade, iria para a capital, fotografar uma banda inglesa. Iria dirigindo à Londres – depois de tanto custo para tirar a carteira de motorista, agora queria mostrar ao mundo que tinha um carro e sabia guia-lo.

Um carro. Dia chuvoso. Pista dupla. Um caminhão. Visão confundida. Bebida em excesso. No que isso poderia resultar? Não em uma coisa muito boa, com certeza. O caminhão bateu de frente com o carro de Ana. Ela não estava muito longe de Bolton, portanto ela foi levada para um hospital na cidade. O seu noivo, por sorte, estava em Bolton. Foi avisado, depois os pais, Marcela. E por ultimo, Bruno.

Ele se apressou em chegar ao hospital que Ana estava internada. Ele chegou antes mesmo de Felipe, noivo da garota. Bruno andou por corredores com luzes fluorescentes fracas, brancas, o que aumentava a aflição dele. Como estaria Ana? A SUA Ana? Ele nunca imaginou nada de mal acontecendo à SUA Ana. Ela sempre seria dele, amiga ou namorada. Seria dele.

Achou o quarto em questão, 842. Abriu a porta com cautela, e viu a imagem mais horrível que jamais poderia ter imaginado: Ana, sua Ana, deitada em uma cama de hospital, com ferimentos por todo o rosto e braços – as únicas partes de seu corpo que estavam aparentes. Ele chorou. Não queria ver a pessoa que ele mais amava em todo o universo daquele estado, pensou, ‘mas porque não eu?’. As lágrimas caiam com força. Ele saiu do quarto com a visão embaçada pelas lágrimas; não sabia o que podia fazer. Ele foi para o lugar do hospital em que se era permitido fumar, e fez uma coisa que não fazia desde que tinha conhecido Ana: acendeu um cigarro. Começou a fumar, e ficou sozinho lá, encarando a parede. Imaginando se teria sido diferente se ele tivesse continuado em Londres. Ele lembrava, foi quem apoiou o curso de fotografia.

- Ah, cara... – Ana chegou se lamentando.

- Que foi, Any? – Bruno sorriu.

- Eu tenho que escolher o que eu vou fazer da vida, mas... É difícil demais!

- Eu sei bem como é... Porque não tenta fotografia? – Bruno apontou para a máquina digital, que agora estava nas mãos da garota. – Eu sei que você adora tirar fotos.

- Bruno, sabia que você é um GÊNIO? – Ana sorriu e abraçou o melhor amigo. SEU melhor amigo.

Se ele não tivesse sugerido o curso, Ana não estaria no hospital à essa hora. Os pensamentos profundos do garoto foram cortados quando a porta se abriu, fazendo o garoto estremecer.

- Ah, que susto, doutor. – Bruno se virou.

- Desculpe. Você é Bruno, certo?

- Certo.

- Bom, você tem bastante contato com Ana, certo? – Bruno balançou a cabeça positivamente. – Nesse caso, eu sinto muito. Para sobreviver, a Ana precisaria de um coração novo.

A lista de espera por um coração é grande, e não sei se ela conseguirá sobreviver até chegar sua vez de receber um novo coração.

Como poderia viver em um mundo sem Ana?! Saiu do lugar. Não podia esperar as coisas acontecerem, e ele ser egoísta e ficar em seu mundo, fumando até Ana ir pra outro lugar. Ele pegou um papel, uma caneta e escreveu um endereço, e um horário, uma hora depois daquilo. Entregou para o noivo de Ana, que agora estava na sala de espera.

- Já foi vê-la? – Perguntou Bruno. O noivo negou com a cabeça.

Ele saiu andando, saiu do hospital. Foi para seu escritório, pegou 3 papéis grandes e digitou 3 cartas. Uma para os pais. Uma para Ana. E uma sobre os desejos que tinha. Ele tomou um remédio depois disso. E dormiu, lenta e serenamente, dormiu. Não acordaria mais. Quando o noivo de Ana chegou, encontrou Bruno deitado no chão, sem pulso. Estava morto. Em cima da mesa, 3 cartas. Um recado para ele: "Eu não gosto de você. Nunca vou gostar. Mas mesmo assim, você tem que fazer algo que não poderei fazer. Leve meu corpo para o hospital, com essa carta em cima dele. A carta que está em cima das outras.

Após isso, entregue a segunda carta para Ana quando ela acordar. E quando a noticia da minha morte chegar, entregue a terceira para os meus pais."
Assim acabava a carta. Felipe não acreditava no que lia. Não acreditou, e nem precisava. Correu para o hospital em seu carro. Ele entregou a carta e o corpo do homem, que agora estava ainda mais branco. Aconteceu na hora; o coração dele foi tirado e levado para Ana. Quando ela acordou, não muito depois, viu os pais dela, seu noivo e os pais do namorado de 6 anos atrás. Eles sorriam e choravam; ela não entendeu. Foi quando viu a carta com a letra dele, escrito o nome dela. Ela pegou a carta e leu, então. "Meu amor, bom dia. É hora de acordar. Eu não pude te ligar hoje, você estava ocupada. Por isso deixei essa carta. Sabe, eu não vou estar ai por um bom tempo, as pessoas sabem quando a sua hora chega. E eu aceitei a minha com a mesma felicidade que eu tinha quando te vi na frente da sua escola.
A minha hora chegou quando seu fim estava próximo. Eu te prometi que te protegeria de tudo e qualquer coisa que acontecesse, e mesmo sem chamar, eu estive lá. Desta vez não me chamou, quis resolver sozinha, eu não podia deixar. Eu resolvi dar um fim então. Eu estava ficando cansado, o trabalho pesava demais. Mas porque agora? Eu não sei. Mas não teria sentido eu viver em um mundo que você não existe. Então eu decidi ir antes e ajeitar as coisas. Pra daqui a alguns anos nós conversarmos aqui na minha nova casa. Agora eu tenho que ir, meu amor. Esse coração no teu peito, esse coração que bate no teu peito.
É o mesmo coração que está inundado do amor que você disse não ser o suficiente. É o mesmo coração que lhe dava amor todo dia. Por favor, cuide bem dele. Agora eu preciso ir, preciso descansar um pouco. Eu vou estar sempre contigo.

Eu te amo !

PS: Não sei se vou conseguir te acordar amanhã. Você me perdoa por isso?"
Então ela chorou. Chorou e abraçou os pais, os pais dele. Chorou como nunca, e tremia por tantas emoções passarem por seu corpo. Ana encarou o noivo. Terminou o noivado naquele dia. Não adiantava esconder algo que estava na cara: ela amava Bruno, e seria sempre o SEU Bruno. ELE era o homem de sua vida, não Felipe. O homem que sempre esteve lá, amando-a ao máximo. Em qualquer momento.

Ela chorou muito, e seguiu a vida. Todos os dias ela lembrava de Bruno. Viver em um mundo sem ele não fazia sentido. Mas não desperdiçaria todo o amor e que estava dentro dela. Ela podia sentir seu coração batendo. Ela lembrava a cada momento, que mesmo separados eles estavam juntos. Mas apenas uma coisa fazia seu coração se apertar, se contorcer de dor. Que fazia uma lágrima se escorrer sempre que pensava nisso.

Ela sentia falta daqueles beijos. Dos beijos que foram negados. Mas ela foi feliz. Morreu com seus oitenta e tantos anos. Mas era sempre feliz. Afinal, o coração do homem de sua vida batia dentro dela.

Unhas com letras de jornal


Já que estamos falando de mulheres letradas, que usam bolsas em formato livro, que tal radicalizar um pouco mais e se jogar também na Moda newspaper nail art ounail art de jornal, ou unhas com letrinhas mesmo!? Gostou? Quer tentar fazer? Então veja abaixo como fazer:


Essa nail art não requer nenhum material especial, como o pincel nº 0 de outras nail arts aí. Tudo o que você vai precisar é:

- Um potinho, recipiente.


- 10 tiras pequenas de jornal.


- Álcool em gel.

- Um esmalte de cor clara.

- Esmalte extra-brilho para finalizar.


Como fazer:

1- Coloque um pouco de álcool em gel dentro do potinho e recorte dez tirinhas de jornal, largas o suficiente para cobrir suas unhas por inteiro, podendo passar um pouco, claro.

2- Pinte suas unhas com um esmalte bem clarinho. Pode também pintá-las apenas com esmalte incolor, mas daí, pode ficar sem graça!

3 –Depois de secas, mergulhe um dedo no potinho, melando sua unha de álcool em gel. Em seguida, pegue uma tirinha e cubra sua unha.

4- Pressione a tira contra a sua unha levemente. Espere alguns minutinhos e depois é só tirar delicadamente a tirinha. Caso não tenha ficado muito forte as letras do jornal na unha, é só recolocar o papelzinho, molhar com um pouco de álcool gel em cima e pressionar com um pouco mais de força. Dica: ao pressionar, não ficar tirando o dedo “pressionador”. Mantenha-o sempre pressionando, pois assim, a tinta do jornal vai passar direitinho!

5 – Para que dure mais, é só passar um extra brilho por cima.

Tem outro jeito também de fazer essa nail art. Em vez de álcool em gel, utilizar álcool normal e molhar um algodão com ele. O passo seguinte é o mesmo: colocar a tirinha; molhá-la, neste caso, com o algodão e esperar alguns minutinhos para a mágica funcionar!

Uma dica é usar um daqueles jornais com fundo mais clarinho, as letrinhas sairão mais fortes e não suja a unha.


Nesse vídeo abaixo esta ensinando como a fazer, porém ele está em Inglês.



O que você precisar saber para criar o seu blog


Criei meu primeiro blog em 2006, no auge do meu amor de fã pelo RBD. Na época, usava o zip.net, o sistema de blogs da Uol. Foi por causa desse primeiro contato com o mundo dos blogs que comecei a gostar do Photoshop e a mexer nessa ferramenta que não largo até hoje.

Porém, na época, eu comecei por mim mesma, sem ajuda do Google nem para escolher o nome. Não sabia nada, nem mesmo o básico para divulgar um blog. Eu era tão iniciante nessa atmosfera que errei em tudo: nome, layout, cores e, principalmente, conteúdo.

Algumas dicas vieram com o tempo e muitas delas eu aprendi sozinha. Hoje, com um blog bem diferente do que eu tinha em 2006, vejo muitos outros blogueiros cometendo os mesmos erros que eu. Então, se você anda insatisfeito com o número de visitas, comentários e leitores no seu blog, que tal dar uma olhada nas dicas? Às vezes uma coisinha boba interfere bastante no resultado!

A escolha do nome

É a parte mais difícil e que vai te acompanhar por toda a vida do seu blog. Escolher um nome para seu espaço é tão importante quanto o conteúdo que vai abordar. Por isso, é essencial que você use alguma palavra chave que deixe subentendido o que o leitor vai encontrar ao entrar no seu blog.

Quando resolvi deixar o #PPC e vir para cá, queria um nome que fosse diferente, mas que mesmo assim, ainda transmitisse a ideia do blog. Inventei tantos nomes que foi super difícil escolher o Julie de batom. Então, resolvi trazê-los para ajudar e/ou inspirar vocês, se precisarem. Olha a lista:

Legenda: disponível no Blogger / @ disponível no zip.net

Ate meia noite
Garota de óculos
Pelos dezoito
Inicio de conversa
Puts sou de maior
Atingi os dezoito
Melhor se apressar
@ Adulta de lacinho
Devolve meu gloss
@ Qual eu levo?
@ Deixei o tênis
Acho que deu certo

Criando o nome

Na hora de inventar o título do seu blog, nem tudo é válido: muitas coisas interferem na divulgação e na popularidade dele lá pra frente. Entre elas:

Nomes em outros idiomas: Você entende inglês, sua amiga entende inglês. Mas e a amiga da sua amiga? E a garota da escola que gosta de blogs? Nem tudo mundo conhece outros idiomas, então sempre é aconselhável a ficar com o Português, mesmo. Além de ser mais fácil para lembrar, o nome do blog se torna mais claro, assim como o conteúdo dele.Se for usar alguma palavra de outra língua, que seja uma fácil e curta, como Just Lia.

Letras repetidas: Aí não é problema de escrita ou fala, mas sim de estética. Imagina um blog com o nome eu e o espelho. Ok, legal. Agora junta tudo isso: eueoespelho. Viu quantas letras e tem no link? Além de ser estranho, ainda confunde o leitor.

Fora do tema: Escolher o nome é dar uma síntese do seu blog para o visitante. Por isso, nada de colocar um nome apenas porque é legal ou porque foi o único que pensou.

Fuja do comum: Pense em um nome exclusivo e único. Já vi vários blogs bons por aí, mas que tem nomes parecidos com outros. Isso faz o leitor pensar que, de cara, você já está copiando outro. Por isso, tente fugir dos "Just fulana", "Depois dos vinte", "Passei dos quinze", "Le blog de fulana", entre outros.

Use seu nome... Com moderação: Usar o nome do blogueiro no blog nem sempre é ruim. Quando combinado com alguma palavra diferente, fica único e legal. Mesmo assim, tenha consciência: nomes como "mundo da fulana", "pensamentos da fulana", "coração da fulana" são bem batidos. Ah, e se você tem um nome diferente, aposte: a Karol com K, da Capricho, fez isso e deu super certo!

Pré definidos: Garota fashion, menina mimada, mundo da maquiagem, amo acessórios, guia de estilo, mundo fashion... São nomes que sempre vemos por aí, com poucas alterações. Criar um nome diferente e único torna seu blog especial, e não "comum".

Dando um jeitinho: Se o nome que você escolheu está indisponível, não dê "jeitinhos" para ficar com ele. Imagina um blog chamado "Muuuuundo da Julie". Vocês iam lembrar de quantas letras u tem aí? Acho que nem eu! A dica é: procure sinônimos. Munda da Julie não deu? Tenta "Universo da Julie", "Espaço da Julie", "Galaxia da Julie". Qualquer coisa, desde que não tenha trezentas letras iguais, viu?

O conteúdo do blog

Com o nome pronto e o tema escolhidos, agora é hora de separar os primeiros conteúdos do blog. Prepare alguns posts no Word, com toda a estilização feita. Mas lembre-se: sem cópias. Não existe nada pior do que ver um post repetido em blogs diferentes. Além de ser horrível para o blogueiro que perdeu tempo montando aquelas dicas, quem copia ainda fica com fama de copy-cat #fail.

Não espere outros blogueiros falarem do assunto antes de você. Viu uma nova tendência no LookBook? Encontrou uma peça diferente na vitrine? Escreva sobre. Assuntos "novos" sempre atraem a atenção do leitor, principalmente quando ele pesquisa no Google!

Ah, vale lembrar que é super importante escrever certo. Esqueça as abreviações: tenha seu blog como uma revista, um livro ou um jornal que você está montando. Você leva bem mais a sério quando se compromete com o que faz. Se tem dificuldade com alguma palavra, use o Google: não é vergonha nenhuma e todo mundo utiliza essa ferramenta!

O layout do blog

É a parte que adoro! Sempre que tenho alguma ideia, desenho numa folha, monto um modelo no Photoshop e fico me coçando para colocar no blog. Sou louca por edição desde que usei o PS pela primeira vez.

Toda vez que mudei o look do #PPC, vários leitores comentavam que gostavam e até queriam saber o segredo para um design legal.

Não é bem um segredo, mas sempre que vou pensar em um novo layout para o blog, tento colocar o que combina comigo naquele momento. É como se eu colocasse meus sentimentos num banner. Se quer algo mais haver com o conteúdo, junte imagens que falem por si. O blog fala de maquiagem? Faça um banner com vários itens. Fala de sentimentos? Use uma foto ou desenho de uma garota. A criação flui melhor quando já sabemos o que queremos fazer, então crie um modelo numa folha de papel, com as posições do menu, das imagens e das colunas. Funciona demais!

Pra quem não se entende com programas de edição, tente praticar. No começo, eu criava coisas absurdas, com cores horríveis e recortes de imagens mal feitos. Hoje, com a prática, consigo fazer mais criações em um tempo menor, até. Tudo depende da sua força de vontade. E vale ressaltar: aprendi tudo sozinha e com alguns tutoriais que encontrava no Google quando queria criar algo diferente.

Já na parte da codificação é que pesa: xHTML, HTML e PHP são as principais linguagens no mundo dos blogs. Por sorte, o Blogspot e o Zip.net utilizam os dois primeiros, que são bem mais fáceis. O Wordpress trabalha com PHP, que é mais complicado. Como na edição, também aprendi sozinha durante esses anos. Pra quem tá começando, procura ler artigos e fazer coisinhas básicas. O W3schoolsensina tudo, desde o HTML (marcação) até o CSS (estilo da página).

Blog criado: é hora de divulgar!

Antes de tudo: entre nas redes sociais. Faça Orkut, Facebook, Twitter, Formspring, Tumblr... Tudo que deixe você mais perto dos leitores. Crie contas especiais para seu blog, assim todos saberão onde te encontrar.

O mesmo serve para a conta de e-mail: com o tempo, os visitantes se apegam ao blog - e a você, também! - e começam a mandar recadinhos, perguntas e sugestões. Por isso, é importante ter um e-mail especial para isso. E lembre-se: seja ativo na caixa de entrada!

Com tudo criado, agora é hora de seguir e adicionar. Comente nos seus blogs favoritos, adicione leitores de outros blogs e apresente o seu. Seja gentil, não "obrigue" ninguém a ler. Envie algum scrap falando sobre algo no seu blog, divulgue no Twitter, conte para os amigos... Tudo isso vale! Só não faça ctrl+c, ctrl+v e saia por aí com o mesmo comentário: "Amei seu blog, visita o meu?" Isso é horrível e nenhum blogueiro curte!

Dê tempo ao tempo

Nenhum blog fica famoso do dia pra noite, lembre-se disso. É preciso muito esforço, muitas horas em frente ao computador, muita pesquisa e, principalmente, muita paciência. Sempre vai dar aquela ansiedade de ver o número de visitas, comentários e seguidores subindo, assim como sempre vai dar aquela raivinha de não sentir diferença.

Não deixe nada te abalar: se realmente gosta do que faz, continue. Se tem um leitor ou milhões deles, trate todos do mesmo jeito: são eles que vão até seu blog saber o que está sentindo ou a dica do dia. Respeite todos: eles merecem, viu?

Quanto as criticas...

Sempre vai ter alguém para criticar todo seu esforço. Se não sabe lidar com esse tipo de pessoa, ignore, apague o comentário e siga em frente. Todo mundo passa por momentos assim e, como sempre dizem, "nem Jesus agradou a todos".

Depois desse guia super básico, espero ter ajudo quem está começando ou quer recomeçar. Qualquer dúvida, respondo nos comentários ou guardo para um post futuro, ok?

Antes de julgar



Um médico entrou num hospital apressado, depois de ter sido chamado para uma cirurgia urgente. Ele respondeu à chamada imediatamente, e mal chegou trocou-se e foi direto para o bloco operatório. Pelo caminho encontrou o pai do rapaz que ia ser operado a andar para trás e para frente à espera do médico. Quando o viu, o pai gritou:

- Porque demorou este tempo todo a vir? Não sabe que a vida do meu filho está em perigo? Você não tem o mínimo de sentimento e de responsabilidade?

O médico sorriu e respondeu serenamente:

- Peço-lhe desculpa, não estava no hospital e vim assim que recebi a chamada. Agora, gostaria que você se acalmasse para que eu também possa fazer o meu trabalho.

- Acalmar-me? E se o seu filho estivesse dentro do bloco operatório, você também ficaria calmo? E se o seu filho morresse o que faria? - disse o pai visivelmente agitado.

- Ficar nesse estado alterado e de nervos não vai ajudar nada, nem a si, nem a mim e muito menos ao seu filho. Prometo-lhe que farei o melhor que sei e consigo dentro das minhas capacidades, disse o médico.

- Falar assim é fácil, quando não nos diz respeito, murmurou o pai entre dentes.

Passadas algumas horas, a cirurgia terminou e o médico saiu sorridente de encontro ao pai.

- A cirurgia foi um sucesso. Conseguimos salvar o seu filho! Se tiver alguma questão pergunte à enfermeira.

Sem esperar pela resposta, o clínico prosseguiu caminho visivelmente apressado. O pai irritado dirigiu-se à enfermeira e desabafou:

- O médico é mesmo arrogante. Será que lhe custava muito ficar aqui mais uns minutos para eu lhe questionar em relação ao estado geral do meu filho?

A enfermeira, um pouco abalada e quase a chorar respondeu-lhe:

- O filho do doutor morreu ontem num acidente rodoviário. Ele estava no funeral quando o chamamos para a cirurgia do seu filho. Agora que a cirurgia terminou e o seu filho foi salvo, o doutor voltou para o funeral para prestar a última homenagem ao filho dele.